segunda-feira, 14 de março de 2011

Arruma de Livros

Continua a arrumação de livros que chegam todas as semana à Igreja do Campo Grande, e todos os fins de semanas (juntos e com garra) vamos seleccionando, limpando, organizando, empacotando...
As fotografias mostram um estaminé que é transportado todas as semana para armazéns espalhados por Lisboa.
No final, todas estas caixas cheios de livros em bom estado vão para o outro lado do mundo. 

Quando chegarem a Timor, mais vidas vão mudar. Mais vidas porque as nossas mudam a cada fim de semana, a cada caixa, a cada gargalhada ao ver o livro de história do 9º ano, a cada encontro...

Esta 4ª feira dia 16 Março pelas 20h30 (Lisbon time) temos reunião da Missão Timor e vamos fazer um ponto situação "em toneladas". Depois postamos o número. Já devem ser algumas...





































Estamos juntos.
Missão Timor 2010

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Fundação EDP

Durante o período de Natal a fundação EDP fez uma campanha de recolha de bens para serem depois distribuídos por inúmeros projectos e instituições. Nós fomos um dos projectos seleccionados e vão nos dar livros para o contentor.

Presidente da EDP, António Mexia
a explicar o projecto.



Lista de instituições que vão beneficiar desta campanha.
Nós fazemos parte da lista, Missão Timor 2010 Verbumdei

Estamos juntos.
Missão Timor 2010



terça-feira, 19 de outubro de 2010

Nova fase, a Missão Timor continua...
















O blog irá voltar a ter actualizações frequentes no próximo mês de Novembro.

Estamos mais juntos que nunca...
Missão Timor 2010

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Missa de chegada Missão Timor 2010

Missa de chegada da Missão Timor 2010 dia 17 de Outubro às 19h15 na Igreja do Campo Grande.


Paróquia do Campo Grande
Morada - Campo Grande 244 - 1700-094 Lisboa
GPS - 38.754255,-9.150517



Continuamos juntos.
Missão Timor 2010

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Missa de chegada

Missa de chegada da Missão Timor 2010 ainda não tem data marcada.
Quando tiver será colocada aqui...

Entretanto amanhã é a missa de chegada do campo de trabalho do grupo de jovens às 20h30 na igreja do Campo Grande.
Muitos elementos da missão estarão presentes.

Estamos juntos
Missão Timor 2010

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Actualização Dia 25 (Francisco Coutinho)

 Francisco escreveu...




14 de Agosto de 2010


"Hoje os três rapazes foram visitar Bado-moris, uma aldeia “perto” de Venilale e onde vive o Mário. Quem é o Mario?


O Mario, 18 anos, tem nos acompanhado desde a altura em que estamos em Fatumaca. Está no 3º ano, que equivale ao nosso 12º, nos salesianos de Fatumaca e para o ano vai para Los Palos onde vai continuar a estudar. Quer ser político, mas ainda não sabe se sente vocação para o sacerdócio ou não.


Nestas semanas temo-nos acompanhado e temo-lo ajudado a discernir sobre a sua vocação. Tem trabalhado connosco e tem nos ajudado traduzindo durante as actividades e encontros em Fatumaca. Ficámos muito próximos e ontem convidou-nos, aos três rapazes, para irmos a casa dele para conhecer a família e a aldeia.


De manhã, apanhámos uma microlet em frente ao mercado e fomos até Bercoli, onde tínhamos combinado com o Mário. Durante a viagem e quando ficámos no cruzamento à espera dele sentimo-nos constantemente observados. As pessoas deviam estranhar o à vontade destes malays em viajar sozinhos por Timor, quase como se fossem dali. Sentámo-nos num tronco caído, ao lado de um tio (como chamam aos homens já de alguma idade, como forma de respeito) que levava um galo à trela. Do outro lado da estrada, debaixo do que parecia uma paragem de autocarros feita em bambu, um monte de rapazes riam e conversavam enquanto esperavam uma microlet no sentido oposto. Obviamente tinham reparado na nossa presença e deviam estar a conversar sobre nós - passados uns dias em Timor já nos habituámos a que toda a gente repare em nós e vivemos bem com isso.


Ligámos umas vezes ao Mário para perceber se ele estava a caminho. Do outro lado ele dizia pouca coisa, estava a caminho. Tínhamos que esperar. Tranquilamente e sem pressas. “Há um tempo para tudo o que se deseja debaixo do céu”


Passados uns 15-20 minutos lá chegou ele com os bofes de fora. Não imaginávamos nós o caminho que nos esperava e que ele tinha feito a correr, para os ocidentais não ficarem muito tempo à espera.


Começamos a percorrer a estrada que descia daquele cruzamento onde tínhamos estado. Não era bem uma estrada, era mais um caminho por onde talvez conseguissem passar jipes, de terra e com alguns buracos. À direita começámos a ver um vale onde havia arrozais distribuídos por vários socalcos que iam convergindo para a parte mais funda do vale. Havia também alguns cavalos, como tudo em Timor também eles eram pequenos. Pareciam os nossos garranos mas com uma pelagem mais clara, a maior parte deles eram baios. Perguntei para que eles os usavam, até aí só tinha visto um a ser montado em pêlo. O Mário respondeu que usavam principalmente para trabalhos agrícolas e que normalmente não os montavam.


A certa altura virámos à direita para um caminho estreito que saía da estrada. Era um atalho que mais à frente ia dar novamente à estrada. Nessa altura arrependi-me de não ter levado os ténis. Era mesmo muito inclinado e estávamos constantemente a escorregar, mas para o Mário era como se descesse umas escadas. Já sabia onde pôr os pés. Afinal de contas aquele era o caminho que ele fazia sempre que ia a casa.


Quando voltámos à estrada começámos a ver novamente algumas casas. Uma delas, à esquerda da estrada, era onde viviam uns familiares do Mário que no regresso nos iriam dar boleia na sua microlet.


As pessoas que se cruzavam connosco ao longo do caminho pareciam sempre surpreendidas por nos verem ali. Mais tarde o Mário disse-nos que devíamos ser os primeiros malays a ir á aldeia dele e que nem os indonésios tinham lá ido durante as invasões. Sentíamos que estávamos mesmo a entrar no Timor mais profundo, o que seria completamente impossível sem ser com um local. Fomos uns privilegiados!


Logo depois dessas primeiras casas chegámos a um lago que o Mário nos queria mostrar. Era rodeado por árvores que caíam para o lago e era alimentado por uma pequena cascata que parecia nascer do meio das árvores. Uma beleza fantástica, para lá do lago ainda se via a continuação do vale, e ao fundo, meio encobertas por uma neblina viam se mais montanhas. Era usado principalmente para lavar roupa, mas agora, desde há uma semana, não podia ser utilizado para nada porque tinha morrido uma criança afogada. Era uma forma de luto. Só podia voltar a usar-se quando o “administrador” do suco ou do sub-distrito levantasse o luto.


Continuámos o nosso caminho enquanto íamos conversando sobre tudo o que víamos e íamos tentando perceber esta realidade tão diferente da nossa.


A certa altura o caminho começou a ficar cada vez mais rodeado de árvores. Chegou mesmo a um ponto em que os ramos não deixavam passar luz do sol e em que estávamos quase às escuras. A vegetação era muito variada e muito diferente, mas imprevisivelmente no meio daquela flora tropical encontrávamos algumas plantas muito familiares, víamos buganvílias, poinsettias que mais pareciam árvores (aquelas plantas com folhas encarnadas que costumam haver à venda no Natal),lantanas… No meio de todas as outras plantas até elas tinham um ar muito exótico.


Depois de aproximadamente 40 minutos a pé começámos a chegar à aldeia. Na casa do Mário esperavam-nos vários familiares, os pais, irmãos e cunhados e tios. Estavam todos debaixo de um grande telheiro, todo feito de madeira e com telhado de zinco. Via-se que tinha sido construído há pouco tempo. Num dos lados estava um cesto enorme (Devia ter um metro e meio de diâmetro e outro tanto de altura) que usavam para guardar o arroz durante o ano e que naquela altura (felizmente) estava completamente cheio. O resto do telheiro era usado como sala e era onde se reunia toda a família.


Fomos muito bem recebidos, parecia-nos uma família diferente de todas as outras que já tínhamos visitado. Mais instruída e muito unida. Uma das tias era professora e falava bem português, o que nos facilitou a comunicação. Mandaram-nos sentar e ofereceram-nos café com leite (feitos com umas saquetas de nescafé que têm em todo o lado) e culo, um fruto que em inglês se chama breadfruit (frutapão…) e que eles fritam. É muito bom, tem a mesma consistência da batata e um sabor parecido com milho. Enquanto comíamos e conversávamos íamos observando tudo à nossa volta. À frente do telheiro estava estendido um grande pano coberto de arroz, amarelo torrado, ainda a secar.


À direita, a casa propriamente dita, feita com bambu cortado às tiras e com telhado de folhas de palmeira, lá dentro a cama do Mário logo na divisão de entrada e uma porta que dava para outra divisão onde se viam mais camas. Tudo muito escuro, com um aspecto pobre mas muito familiar. Umas bicicletas à entrada e uma aparelhagem numa mesa. 


Atrás do telheiro outra casinha também de bambu e palmeira que não chegámos a ver mas que parecia ser onde eles cozinhavam (a comida vinha de lá…)


Depois daquele bocadinho ali fomos ver o campo de arroz da família. Era perto de casa dele, mas para lá chegar ainda tivemos que passar pela casa de outros tios do Mário que estavam a almoçar na rua. Cumprimentámos todos e ainda nos ofereceram almoço. Tivemos que recusar por já não termos muito tempo. Os arrozais eram imensos, como se fossem muitas piscinas, cada uma num degrau. Já estavam todos secos e o arroz já tinha sido todo apanhado.


De volta a casa do Mário ainda tivemos a sorte de experimentar água de coco. Um dos cunhados subiu a um coqueiro para ir buscar 3 cocos. Para conseguirem subir fazem uns entalhes no tronco para apoiarem os pés. Sobem até alturas impressionantes, só mesmo com a prática que eles têm é que não acontecem mais desastres.  Um dos tios, que parecia um especialista com a catana, abriu nos os cocos e ainda nos fez umas colheres para comer a parte gelatinosa que ficava agarrada à casca. Era uma água fresca e doce que com todo aquele calor e cansaço nos soube que nem gingas.


Na altura em que nos refastelávamos com os cocos passou uma microlet (Daqueles tios que já tinha falado acima). Parou mesmo a tempo, depois de o Mário ter gritado duas vezes. Apanhamos boleia até casa deles e fomos o resto a pé, de volta ao cruzamento onde tínhamos estado umas horas antes. Mal chegámos à estrada vimos o padre Justiniano que passou no sentido oposto e nos disse para ficarmos ali à espera que ele fosse a um sítio. Ficámos os 4 rapazes à conversa. Sobre coisas do dia-a-dia, ideias, modos de vida, perspectivas… Uma boa conversa…


Este foi o último dia que estivemos com o Mário em Timor. Ficaram prometidos alguns regressos a Timor e uma viagem e Portugal. Voltaremos a ver-nos…"

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Actualização Dia 28 (Madalena Tavares)

 Madalena Tavares escreveu...

Missão Timor 17-8-2010

"Acordámos cedinho e às 7h já tínhamos o pequeno-almoço à nossa espera.

Pelas 7h30 tivemos pistas que nos foram dadas pela Bia e em que fomos confrontados com o facto
de que, com Deus, temos a capacidade de amar mais e melhor do que teríamos sozinhos. E isto é
um dom que nos é dado por Deus e que não temos o direito de guardar para nós… É para o Mundo!

Por volta das 9h fomos trabalhar. Uma parte do grupo foi com o Padre Justiniano visitar casas de várias
famílias, outros ficaram na cozinha a fazer madalenas para a festa do dia seguinte e outros ficaram a
raspar paredes e a restaurar um oratório que nos foi doado pelos Salesianos para que pudéssemos
deixar uma pequena lembrança nossa no seminário.

Almoçámos e o tempo a seguir foi aproveitado para descançar um bocadinho e preparar a festa de
despedida.

Por volta das 14h juntámo-nos com as crianças e estivemos divididos em grupos a jogar à bola, a cantar
e a fazer pequenas dezenas para serem utilizadas no terço.

Chegadas as 16h fomos rezar o terço. Hoje rezámos pelos cinco países representados pelos que
rezávamos: Portugal, Espanha, Singapura, México e Timor. Foi o último terço que rezámos com as
pessoas de cá e sinto que, pelo menos para mim, foi um momento muito forte e comecei já a sentir
saudades.

Depois do terço foi a hora dos banhos e a seguir encontrámo-nos na capela onde tivemos um dos
momentos mais fortes do dia. Tivemos a oportunidade de ler e rezar sobre os frutos e sementes que o
grupo tinha escrito para cada um. Foi um momento muito forte de crescimento, tranquilidade e vivência
em comunidade.

O resto da noite foi mais calmo. Jantámos e juntámo-nos por grupos para preparar a festa de envio.

Acabámos o dia com uma pequena acção de graças e fomos dormir porque o dia seguinte seria um dia
com muita energia e provavelmente muitas emoções."